O que for decidido em Belém afetará o futuro de nossos filhos, diz Helder Barbalho sobre COP30

29/07/2025 A realização da COP30 em Belém será um ponto de virada histórica ao posicionar o Brasil como protagonista na agenda ambiental global, “uma oportunidade sem precedentes para demonstrar o potencial do país em áreas como energias renováveis e agricultura de baixo carbono” — setores considerados estratégicos para uma economia verde robusta e inclusiva. A avaliação é do governador do Pará, Helder Barbalho, durante a Expert XP, evento realizado em São Paulo na sexta-feira (25). A COP30 tem a expectativa de atrair entre 50 mil e 60 mil visitantes de 196 países em novembro deste ano na capital paraense, que será o epicentro dos debates globais sobre clima, sustentabilidade e desenvolvimento. Barbalho ressalta que os impactos da COP30 vão além das questões ambientais. “A COP impacta negócios, a geopolítica e, principalmente, a vida de cada cidadão. O que for decidido em Belém afetará o futuro dos nossos filhos”. Ao apresentar planos para transformar a região em uma referência internacional de inovação ambiental, o governador adianta que um dos principais legados da COP30 será a criação do primeiro centro de bioeconomia da região da Amazônia, inspirado no modelo do Vale do Silício. “[Vamos] construir o Vale da Biotecnologia da floresta, para nos posicionar com o ativo florestal como solução de sustentabilidade e economia verde”, diz. Em debate na Expert XP, que foi mediado por Rafael Furlanetti, Barbalho também destacou a importância de integrar a discussão ambiental aos desafios sociais e econômicos da Amazônia. “Pela primeira vez, a COP acontece com o pé no chão da floresta, levando em conta a realidade da população que vive sob a copa das árvores”, explicou, defendendo uma abordagem que privilegia a inclusão e o desenvolvimento regional. O governador reforça que o setor privado e a sociedade civil devem se engajar ativamente na conferência. “Acontecerá em Belém, no Pará, na Amazônia, mas precisa ser a COP do Brasil. Que a riqueza da floresta nos permitirá cuidar do planeta e dos brasileiros que vivem nela”. Setor de seguros no centro dos debates Nessa perspectiva, o mercado de seguros se destaca como agente fundamental para estratégias de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) vai erguer na capital paraense a “Casa do Seguro”, projeto inovador concebido para posicionar o setor como peça-chave na oferta de soluções para a transição climática. “A Casa do Seguro será uma vitrine do nosso papel como facilitadores de inovação e mitigadores de riscos climáticos, reforçando nosso compromisso com o futuro sustentável do planeta”, pontua o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira. A Casa do Seguro pretende promover o diálogo entre o mercado de seguros e outros setores econômicos, fomentando a cooperação entre agentes públicos, privados e ampla participação da sociedade civil. Na programação estão previstos debates, fóruns com entidades setoriais e internacionais, reuniões bilaterais, apresentações de produtos e serviços, além de atrações culturais — abordando temas como proteção social e de investimentos, finanças, infraestrutura resiliente, inteligência climática, seguros para o agronegócio, descarbonização da frota e desenvolvimento industrial sustentável. Esse ambiente de cooperação e inovação reflete a missão central da COP30 em Belém: consolidar soluções ambientais e econômicas integradas, gerando benefícios concretos para a Amazônia, para o Brasil e para o futuro do planeta. Sobre a Casa do Seguro A Casa do Seguro estará situada em local muito próximo ao espaço oficial da COP30. Além da programação de conteúdo, promoverá iniciativas de responsabilidade social, prestigiando a economia e a mão de obra locais. O projeto é ambientalmente responsável e foi desenvolvido dentro dos conceitos de evento neutro e resíduo zero, prevendo ainda uso eficiente de água e energia. Com o apoio de seus empoderadores – Allianz, AXA, MAPFRE, Marsh, Porto, Prudential, Tokio Marine e Marsh McLennann –  a Casa funcionará em 1,6 mil m² de área útil, acomodando plenária com 100 lugares, seis salas de reunião, business lounges, estúdio para gravação de podcasts, sala de imprensa, espaço de convivência e área para exposições artísticas e apresentações culturais.  Na programação, destacam-se: debates e painéis temáticos; fóruns em parceria com entidades setoriais, organizações internacionais e contrapartes estrangeiras da CNseg; reuniões bilaterais; apresentação de produtos e serviços; e atividades culturais.    Alguns eixos vão pautar a agenda da Casa do Seguro, como a proteção social e dos investimentos, as finanças sustentáveis, a infraestrutura resiliente, a inteligência climática, seguros & agronegócio, a descarbonização da frota brasileira e como os seguros podem auxiliar no desenvolvimento industrial mais sustentável. 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