COP30: CNseg inicia Ciclo de Diálogos Institucionais da Casa do Seguro

Encontro reuniu empoderadores da Casa do Seguro com o secretário Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Aloísio Melo

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) iniciou, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (24), o ciclo de debates sobre sustentabilidade e transição climática no setor de seguros – “Diálogos Institucionais COP30”.

O encontro inaugural, realizado na capital federal, contou com a participação do secretário Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Aloísio Melo, e de executivos de sustentabilidade das seguradoras empoderadoras da Casa do Seguro, além de outras empresas de seguros que estarão presentes durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Participaram também parceiros institucionais da CNseg, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a consultoria Perspectivas.

Aloísio Melo fez uma ampla explanação sobre como o MMA vem trabalhando os temas para a COP30 e destacou como o setor segurador pode atuar diante dos desafios de mitigação e adaptação climática.

“O papel do seguro no investimento público, que hoje ocorre no país, é basicamente via concessões, PPPs (Parceria Público Privada) e na área de infraestrutura. Mas acho que tem outras frentes em que a interação público-privada pode se desenvolver e ajudar na busca de soluções para o tema”, afirmou.

Um exemplo importante é o seguro rural, que tem uma conexão com política pública muito clara, muito direta, por conta dos instrumentos da subvenção e do zoneamento agrícola de risco climático.

Aloisio falou ainda do papel fundamental do setor segurador para análise de risco e sua capacidade de entender o novo contexto climático, já que faz, sistematicamente, uma análise do que ocorre do ponto de vista do desastre, do impacto climático. “Conhecer o risco é um desafio para todo mundo. Para o governo federal, que tem esse enorme desafio com relação a investimentos, é importante olhar adequadamente para o novo perfil de risco”, avalia.

Para o superintendente-executivo de Coordenação do Gabinete da CNseg, Gustavo Brum, a iniciativa do ciclo de debates é criar um canal para que sejam colocados em prática soluções durantes os encontros na COP30.

 “A nossa estratégia de participação na COP30 é fazer sugestões possíveis e necessárias junto ao governo e junto aos tomadores de decisão que estarão nas mesas de negociação Conferência. De modo que o setor de seguros seja reconhecido como parte da solução, que os instrumentos, os mecanismos e as ferramentas de seguros estejam, portanto, ali, contempladas dentro desse grande arcabouço de enfrentamento dos desafios do clima”, destacou.

Executivos do mercado destacam que as seguradoras precisam estar preparadas para agir antes, durante e depois das catástrofes, com foco na agilidade, na inovação e na parceria com clientes e demais setores da economia.

Iniciativas

A CNseg tem uma série de projetos voltados para a sustentabilidade, transição climática, mitigação e aumento de resiliência das cidades que serão trabalhados ao longo de 2025 em diversas esferas. 

Como forma de apresentar a extensa pauta de projetos de sustentabilidade do setor segurador para as principais autoridades globais, a CNseg terá uma participação muito importante durante COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro.

Para isso, a CNseg lançou um projeto inovador – a “Casa do Seguro” –, um espaço para promoção do mercado de seguros, sua imagem e conexão com a agenda de sustentabilidade global, destacando o papel do setor na proteção da sociedade e dos investimentos, no contexto da transição climática. 

A Confederação também atua na esfera interfederativa apresentando propostas para enfrentamento às mudanças climáticas, como a implementação de um Seguro Social de Catástrofe. O projeto prevê indenizações emergenciais e auxílio funeral aos afetados por inundações, alagamentos ou desmoronamentos relacionados a chuva. 

Outro exemplo é o projeto para aumento da resiliência de infraestruturas estratégicas que a CNseg vem conversando com autoridades dos poderes executivos das três esferas de poder – Federal, Estadual e Municipal. 

Sobre a Casa do Seguro

A Casa do Seguro está situada em local muito próximo ao espaço oficial da COP30. Além da programação de conteúdo, promoverá iniciativas de responsabilidade social, prestigiando a economia e a mão de obra locais. O projeto é ambientalmente responsável e foi desenvolvido dentro dos conceitos de evento neutro e resíduo zero, prevendo ainda uso eficiente de água e energia.

Com o apoio de seus empoderadores – Allianz, AXA, MAPFRE, Marsh, Porto, Prudential E Tokio Marine –  a Casa funcionará em 1,6 mil m² de área útil, acomodando plenária com 100 lugares, seis salas de reunião, business lounges, estúdio para gravação de podcasts, sala de imprensa, espaço de convivência e área para exposições artísticas e apresentações culturais. 

Na programação, destacam-se:

  • debates e painéis temáticos;
  • fóruns em parceria com entidades setoriais, organizações internacionais e contrapartes estrangeiras da CNseg;
  • reuniões bilaterais;
  • apresentação de produtos e serviços; e
  • atividades culturais.

 

Alguns eixos vão pautar a agenda da Casa do Seguro, como a proteção social e dos investimentos, as finanças sustentáveis, a infraestrutura resiliente, a inteligência climática, seguros & agronegócio, a descarbonização da frota brasileira e como os seguros podem auxiliar no desenvolvimento industrial mais sustentável.

Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, o mercado segurador tem um papel de destaque na transição para uma economia mais verde e resiliente, e a atuação do setor na COP30 refletirá a importância de suas contribuições, em um cenário de agravamento das mudanças climáticas.

“A Casa do Seguro será uma vitrine do nosso papel como facilitadores de inovação e mitigadores de riscos climáticos, reforçando nosso compromisso com o futuro sustentável do planeta. Esse projeto é o ponto alto de uma estratégia de posicionamento do setor segurador nas discussões climáticas que ganhou maior expressão a partir de 2023, na COP28, em Dubai, e estabelecerá um marco em Belém”, destaca.

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